segunda-feira, 26 de maio de 2014

BY BIKE

O relógio marcava 14h20min, a chuva que castigava Dublin não me desanimou, coloquei minha jaqueta impermeável e subi na bicicleta que emprestei com minha amiga e fui, pela primeira vez na minha vida, para o trabalho pedalando.
Senti um mix de sentimentos, me senti voltando para a minha adolescência, para um tempo em que a bicicleta era a opção pela falta de idade para poder dirigir um carro ou moto.
Segui meu caminho pedalando sem parar, as pernas que não são acostumadas com essa carga de exercícios começou a sentir, mas não desanimei e continuei firme pelas ciclo-faixas de Dublin.
Os carros que passam me espirravam água, outros ciclistas mais experientes me ultrapassavam e Dublin ia me dando uma outra visão, ia me dando simplicidade, me senti mais conectado com o sustentável, com o verde, me senti em envolvimento com o ambiente em que habito e melhor, me senti fazendo um grande bem para a humanidade, me senti FELIZ.
20 minutos depois de começar a pedalar eu cheguei em meu destino, adentrei o estacionamento da escola e fui colocar a bike no local específico para as magrelas, encostei a mesma na parede e sem cadeado nem nada a deixei lá, sorridente e encharcado, mas a água toda que escorriam pelas minhas pernas não me incomodou, nem ao menos senti os 13 graus que estavam naquele momento, a euforia e a excitação por ter feito o percurso superavam qualquer outro sentimento negativo que pudesse ocorrer naquele momento.
O dia seguiu e depois de 6 horas de trabalho era hora de voltar para casa. A noite começava a escurecer as 22h00, coloquei meus rádio para tocar e as músicas calmas das noites irlandesas me acompanharam até em casa. Ao longe a luminosidade do sol que havia se posto há pouco tempo me dava a sensação de dever cumprido, a sensação de que eu consegui cumprir mais uma meta em minha vida.



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